Gravidez na
adolescência
Segundo a Organização
Mundial da Saúde, 22% dos adolescentes fazem sexo pela primeira vez aos 15 anos
de idade. É nesta fase importante de autoconhecimento e incertezas que a falta
de informação pode gerar uma gravidez inesperada ou mesmo a contaminação por
doenças sexualmente transmissíveis. A boa notícia é que com o aumento de ações
dentro das escolas, orientação sobre métodos contraceptivos e distribuição de
camisinhas em postos de saúde, há mais acesso a recursos para um sexo seguro.
Ainda assim, muitas meninas continuam se descuidando.
Além do uso de camisinha, masculina ou feminina, as meninas também podem optar
por pílulas anticoncepcionais e injeção mensal de hormônio que podem ser usadas
desde a primeira menstruação. A minipílula, a injeção trimestral e o DIU também
podem ser utilizados por mulheres de todas as idades, inclusive pelas
adolescentes. Por conta da idade, a menina pode sofrer diversas complicações,
sendo essas: pré-eclampsia ou eclampsia, anemia, infecção urinária ou vaginal e
parto pré-maturo. Estas ocorrem, em geral, em gestações no extremo da vida
reprodutiva e na primeira gestação. Podem ser amenizadas ou evitadas com um
pré-natal bem feito.
Maior do que os riscos biológicos são os psíco-sociais. Em geral, a adolescente
para de estudar e trabalhar, tem sentimentos de diminuição de auto-estima,
depressão e algumas vezes pensa até em suicídio. Vários trabalhos mostram
que a baixa escolaridade é tanto causa como conseqüência da gravidez na
adolescência. Sabemos que quanto menor a escolaridade maior probabilidade de
ocorrer gestação e que esta faz com que a adolescente pare de estudar, por
vergonha das amigas, pressão da escola e muitas vezes da família, por punição
ou por acreditar que esta é a única maneira da jovem cuidar do seu filho, ou
ainda pressão do parceiro. Os meninos, muitas vezes, param de estudar para
trabalhar, para sustentar a nova família.
Carolina, Turma 1008